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Departamento de Mecatrônica

DMCVG - Unidade Varginha

CEFET-MG

Apresentação Proj. Interdisciplinar

Última modificação: Terça-feira, 6 de agosto de 2019

Sabendo-se da velocidade das mudanças no cenário atual, principalmente no modo de vida e expectativa dos jovens, matéria-prima para desenvolvimento do país e base para a formação profissional, busca-se uma reflexão sobre o modelo aplicado na EPTNM, de como torná-lo mais atrativo, sem perder a essência da busca da excelência técnica e qualidade do ensino, incentivando mais jovens a seguir a carreira profissionalizante.

Desta forma, questiona-se como melhor comunicar o projeto para os alunos e de fato atraí-los para esse caminho, por meio da observação das ocupações e desafios.

Dado o objetivo de manter o CEFET-MG como uma das referências em educação profissional no Brasil, por meio de educação voltada para o projeto e de participação em competições, o modelo hoje aplicado no CEFET-MG, Unidade Varginha, no Curso Técnico em Mecatrônica, não será drasticamente rompido e sim adaptado à velocidade das mudanças do cenário atual.

Diante disso, propõe-se um modelo híbrido capaz de atender os desafios para atrair cada vez mais jovens à carreira técnica, as exigências técnicas preconizadas nas ocupações que representam o mercado de trabalho e suas interações profissionais, humanas e sociais.

Neste sentido, a interdisciplinaridade pode integrar-se em outras áreas específicas, com o propósito de promover uma interação entre o aluno, o professor e o cotidiano, pois nos dias de hoje pode-se considerar as ciências naturais como umas das mais diversas em função de seus vários campos de trabalho. Atualmente, exigi-se que o nível de atualização prevaleça em qualquer nível que se vai exercer na área profissional.

A origem da interdisciplinaridade está nas transformações dos modos de produzir a ciência e de perceber a realidade e, igualmente, no desenvolvimento dos aspectos político-administrativos do ensino e da pesquisa nas organizações e instituições científicas. Mas, sem dúvida, entre as causas principais estão a rigidez, a artificialidade e a falsa autonomia das disciplinas, as quais não permitem acompanhar as mudanças no processo pedagógico e a produção de conhecimento novos (PAVIANI, p.14, 2008).

A interdisciplinaridade é um elo entre o entendimento das disciplinas nas suas mais variadas áreas. Sendo importante, pois, abrangem temáticas e conteúdos permitindo dessa forma recursos inovadores e dinâmicos, no qual as aprendizagens são ampliadas.

A interdisciplinaridade é compreender, entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-se para transpor algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades  e ultrapassar o pensar fragmentado. É a busca constante de investigação, na tentativa de superação do saber.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNs) orientam para o desenvolvimento de um currículo que contemple a interdisciplinaridade como algo que vá além da justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evite a diluição das mesmas de modo a se perder em generalidades. O trabalho interdisciplinar precisa “partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários” (BRASIL, 1999, p. 88-89).

Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. “A interdisciplinaridade tem uma função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para resolver às questões e aos problemas sociais contemporâneos (Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002, p. 34)”.

A interdisciplinaridade acontece naturalmente se houver sensibilidade para o contexto, mas sua prática e sistematização demandam trabalho didático de um ou mais professores. Há inúmeras formas de realizar atividades ou trabalhos interdisciplinares.

Por mais que os professores possam contribuir para que a aprendizagem se realize, será o próprio aluno que deverá ser capaz de elaborar os próprios conteúdos de aprendizagem. Ele é o agente transformador que vai modificar, enriquecer e construir novos métodos de interpretação de conhecimentos. O aluno será sempre um agente da aprendizagem, sempre se atualizando e sendo orientados pelo professor, fazendo leituras extraclasse, pesquisando, aprofundando e melhorando seus conhecimentos.

Segundo Hamze (s/d), aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido mediante a experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. De acordo com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o professor é co-autor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque, centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente.

É neste contexto interdisciplinar que o Departamento de Mecatrônica (DMCVG) implementa, no Curso Técnico em Mecatrônica, o projeto, em questão, como forma de interagir as diversas disciplinas técnicas, sob sua responsabilidade, em um projeto interdisciplinar, utilizando-se da metodologia Construcionista de Seymour Papert, em que o aluno é o agente da aprendizagem e o professor é o co-autor, ora atuando como agente facilitador e ora atuando como agente gerador de desafios (provocando novas soluções, novas pesquisas e novas interações das disciplinas).

 

Referencias:

PAVIANI, Jayme. Interdisciplinaridade: conceitos e distinções. 2. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação-MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação-MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 2002.

HAMZE, Amélia. O que é aprendizagem? Disponível em: http://www.educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-que-e-aprendizagem.htm.